POLÍTICA

Operador do ‘Mensalão’ é alvo de operação por sonegação fiscal

Ação mira atacadistas, redes de supermercados e empresas do setor varejista

O publicitário Marcos Valério, apontado como operador do Mensalão, no primeiro governo Lula, tornou-se alvo de uma nova operação conjunta deflagrada pelo MP (Ministério Público de Minas Gerais).

A ação desta terça-feira, 2/12, mira os atacadistas, redes de supermercados e empresas do setor varejista, pelos seguintes crimes:

sonegação fiscal;

lavagem de dinheiro;

falsidade ideológica.

Na denúncia, o órgão aponta que as empresas investigadas deixaram de recolher mais de R$ 215 milhões em ICMS ao longo dos últimos anos.

Os empreendimentos citados como alvo são: rede Coelho Diniz, que atua no Leste de Minas Gerais e possui cerca de 25% das ações do Grupo Pão de Açúcar.

O caso é analisado pela 4ª Vara de Tóxicos, Organizações Criminosas e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte, responsável por crimes financeiros complexos.

O processo corre em sigilo absoluto, por determinação judicial, para garantir a eficácia das diligências.

Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sedes de companhias e residências de empresários e funcionários, além da apreensão de celulares, documentos, equipamentos eletrônicos e veículos de luxo usados na lavagem de dinheiro.

Também houve a decretação de indisponibilidade de bens no valor de R$ 476 milhões.

Quem é Marcos Valério?

O empresário Marcos Valério, alvo de uma operação do Ministério Público e Polícia Civil, hoje, suspeito de envolvimento em um esquema de sonegação com atacadistas e varejistas de Minas Gerais, foi condenado por ser o operador financeiro do Escândalo do Mensalão, em 2017.

Marcos Valério nasceu em Curvelo, na região Central do estado e era sócio das agências de publicidade e comunicação DNA e SMP&B Comunicação e Propaganda.

Em seguida, ele passou a atuar como operador de esquemas de financiamento político e manobras financeiras ligadas a campanhas e recursos públicos.

O esquema envolvia:

corrupção ativa;

peculato;

lavagem de dinheiro;

evasão de divisas.

No julgamento do Mensalão, realizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o tribunal reconheceu o envolvimento de Valério e de outros réus no esquema.

Bahia On – Foto: Agência Brasil (Arquivo)

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