POLÍCIA

Irmã e amigo planejaram morte de casal gay para ficar com R$ 1,3 milhão

O envenenamento que tirou a vida de Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e de Thomas Stephen Lydon, de 65, foi planejado pela irmã de uma das vítimas e por um amigo próximo do casal, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. A dupla, suspeita de movimentar mais de R$ 1,3 milhão após as mortes, foi presa preventivamente.

A investigação apontou que o homem de 35 anos falsificava receitas médicas para comprar fenobarbital, substância de uso controlado utilizada no crime. Com ele, a polícia encontrou carimbos e receituários falsificados em nome de médicas que negaram qualquer envolvimento. Uma advogada ligada ao caso também é investigada por orientar testemunhas a prestar informações falsas e está sob medida cautelar.

O inquérito policial deve ser concluído e encaminhado ao Ministério Público nos próximos dias. Além de homicídio duplamente qualificado, os suspeitos podem responder por falsificação de documentos e uso de documento falso. A corporação também apura se houve ocultação de patrimônio e intimidação de testemunhas.

Suspeitas após as mortes

As mortes de Thomas, em 20 de junho, e de Everaldo, seis dias depois, chegaram a ser tratadas como naturais – uma teria sido atribuída a câncer de pele e a outra, a coma alcoólico. O casal vivia junto havia mais de 30 anos e havia se mudado para Governador Valadares (MG) após a aposentadoria. Eles se conheceram nos Estados Unidos, onde viveram por décadas antes de se estabelecerem no Brasil.

A desconfiança de familiares começou quando parentes perceberam que não foram avisados sobre a internação e o enterro das vítimas. A ausência de informações levou os familiares de Souza a procurar a polícia, que então pediu a exumação dos corpos.

Os exames laboratoriais confirmaram a presença de fenobarbital em ambos. A substância, quando administrada em altas doses, causa depressão respiratória e parada cardíaca. Segundo os investigadores, os suspeitos, que se apresentavam como cuidadores, tinham acesso livre à residência, o que teria facilitado a administração do veneno.

Bahia On – Imagem de reprodução

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